Veterano da Marinha deportado no meio da noite - Diz que os EUA deram as costas a ele

Jan 03, 2020 by apost team

Jose Segovia Benitez, de 38 anos, é um veterano da marinha que vivia nos EUA desde os três anos de idade, mas foi deportado de volta para El Salvador, país onde nasceu, pelo ICE (Departamento de Imigração e Alfândega dos EUA).

O veterano, que até sobreviveu à explosão de uma bomba ao servir no Iraque e sofreu de uma lesão cerebral e de TEPT (estresse pós-traumático), diz que ama os EUA e "lutaria novamente pelo país".

De acordo com a NBC News, Benitez foi "levado" no meio da noite de um centro de detenção no estado americano do Arizona para El Salvador.

"Pelo que sei, nem os advogados de Jose, nem o advogado do ICE que tinha sido designado para o caso dele em Adelanto foram informados de que ele seria deportado", disse Carlos Luna, presidente da Green Card Veterans e defensor de Benitez, à agência de notícias.

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Jose é um veterano condecorado que serviu no Iraque de 1999 a 2004. Ele diz que, durante esse período, sofreu uma lesão cerebral após sobreviver à explosão de uma bomba e até hoje sofre de TEPT, ambas condições que não foram tratadas adequadamente devido à falta de acesso a saúde adequada.

Apesar de Benitez ter status legal para viver nos Estados Unidos, o seu caso foi levado ao ICE no ano passado, após vários anos de prisão por acusações relacionadas a substâncias ilícitas e abuso doméstico.

"Minha cabeça estava ruim", admitiu ele. "Eu sentia que deveria ter morrido no Iraque e tinha um sentimento de culpa, de que não devia estar ali."

"Eu sinto remorso, me sinto triste pelas pessoas que machuquei", acrescentou ele. "Aquelas famílias estão sempre em meus pensamentos."

Benitez atualmente está em El Salvador, evitando se meter em encrencas, pois o advogado Roy Petty disse ao USA Today que ele poderia ser alvo de gangues por ser ex-militar. Além disso, o veterano não sabe falar espanhol e, portanto, se sente como um estrangeiro no país.

Apesar de tudo o que aconteceu, ele diz que ainda é um americano de coração.

"Eu achava que era americano no meu coração e ainda sinto que sou americano."

Ele diz que, na verdade, servir à Marinha foi a "melhor decisão" de sua vida.

"Eu amo os Estados Unidos e lutaria novamente pelo país. Não vou lhe dar as costas, e preciso muito que o país não dê as costas para mim também", suplica ele.

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