Judi Dench ficou viúva em 2001, mas nove anos depois, ela encontrou o amor novamente

Mar 06, 2021 by apost team

Aos 67 anos, a tragédia atingiu a Dama Judi Dench e sua família, quando aquele que já era seu marido há 30 anos faleceu de câncer de pulmão. Na época, a lendária atriz jurou que não se casaria mais. Apesar disso, a Dama novamente reencontrou o amor mais tarde na vida.

Indiscutivelmente um dos maiores ícones de nosso tempo, a Dama Judi Dench recebeu muitos elogios ao logo de sua carreira de décadas. Ela já venceu a premiação BAFTA dez vezes, o Globo de Ouro duas vezes, e foi indicada ao Oscar por sete vezes, além de ter ganhado também um Tony Award em seu tempo. Sua contribuição para o mundo cinematográfico lhe garantiu até mesmo o prestigioso reconhecimento da própria Rainha Elizabeth II, que a nomeou Dama, em 1988. Mas todo esse brilho e glamour não quer dizer a Dench seja imune a tristezas; no ano de 2001, ela perdeu o amor de sua vida, o ator Michael Williams, após ele ter perdido uma luta contra o câncer de pulmão.

Dench tem um caso de amor eterno com o teatro - então não é surpresa que ela tenha conhecido o seu marido em um. Os dois se viram pela primeira vez em 1962, quando Dench tinha 28 anos de idade. Na época, a triz foi escalada para estrear a personagem feminina de "Romeu e Julieta," de Shakespeare, no teatro Old Vid . Ela e seus coatores comemoravam a estreia em um pub local, onde Dench conheceu Williams. Williams também estava celebrando a sua própria estreia, tendo estrelado a pela "Celebration."

Um brilho surgiu entre os dois que logo iniciaram um relacionamento, mas eles só se casariam nove anos depois. Em uma entrevista para a Vogue, Dench revelou que ele na verdade precisou pedi-la em casamento duas vezes.

Judi Dench, Michael Williams (1987), (Mirrorpix/Mirrorpix via Getty Images)

O primeiro pedido de casamento surgiu quando os dois estavam na Austrália. Ela negou, segundo ela, porque ela não confiava naquela proposta sob um clima tão bom. "É melhor esperarmos os dias chuvosos em Battersea [Londres]," ela se lembra de ter dito a ele.

E então William fez isso. Quando os pombinhos finalmente voltaram para a casa no Reino Unido, o ator reiterou o seu desejo de fazer de Dench parte de sua vida. Desde então, Dench e Williams haviam se tornado um poderoso casal na indústria. Eles trabalharam juntos no cinema algumas vezes, mais notavelmente no sitcom "A Fine Romance." Os dois teriam famosas brigas no set, mas compartilhariam ainda maias risadas. "Ele costumava chorar enquanto ria," Dench se lembrou com um sorriso. "Enquanto mais ele ria, mais ele chorava. Meu deu, como ele me fez rir."

Ele se tornou também o maior apoiador de Dench quando se tratava da carreira dela. De acordo com a entrevista, foi ele quem a encorajou a aceitar seu icônico papel na série de filmes do "James Bond" na metade dos anos 90, quando Dench lutava para acreditar em si mesma. Quando ela começou fazer sucesso como atriz, um diretor a disse que ela "jamais teria uma carreira cinematográfica" por causa de sua aparência. Aquele comentário ficou com a atriz por muitos anos, e a fez duvidar de si mesma.

E se não fosse por esse encorajamento, então talvez jamais tivéssemos conhecido Dench pela pérola de Hollywood que ela é hoje. Sua passagem pela franquia "James Bond" lhe rendeu o papel de Rainha Victoria em Sua Majestade, Mrs. Brown," o qual lhe garantiu sua primeira indicação ao Oscar.

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Judi Dench, Michael William (1971), (Michael Webb/Hulton Archive via Getty Images)

Então vieram muitos outros papéis de sucesso nos cinemas, incluindo "007 - O Mundo Não É o Bastante," "Shakespeare Apaixonado," "007 - O Amanhã Nunca Morre," e "Chocolate." Williams frequentemente elogiava sua esposa por causa de seu imenso talento, até mesmo dizendo que ela era mais talentosa do que ele. "Eu nunca me senti inferior como pessoa," ele disse uma vez, de acordo com o Daily Record. "E existem poucas coisas que posso fazer melhor que a Jude."

Em 1999, os mundos de Williams e Dench foram destruídos quando Williams foi diagnosticado com câncer de pulmão. A atriz abandonou seu papel na peça da Broadway, "Amy's View" para ficar com ele na época. Ele faleceu dois anos mais tarde, aos 65 anos. Após aquilo, Dench foi bem sincera com a Hello Magazine ao falar sobre o luto. Ela disse:

"Muda quem você é completamente, eu acho. Porque é como se você tivesse caminhando, e de repente, você não está olhando, e existe um enorme abismo na sua frente."

"E de repente tudo meio que te abala, coisas que você esperava, acontece... eu não espero que você se acostume com isso," ela adicionou. "Às vezes, a porta de casa simplesmente se abre, e eu acho que ele acabou de entrar."

Ela também falou com carinho sobre o falecido marido, descrevendo-o como um "homem altruísta."

"Ele jamais atribuiria isso a qualquer coisa que pudesse estar entre nós... meu Deus, como ele me fazia rir. Ele me fazia simplesmente uivar."

E ainda assim, em meio à dor de perder sua alma gêmea, Dench encontrou o amor novamente, com o conservacionista David Mills.

Judi Dench (2001), (Jim Spellman/WireImage via Getty Images)

Dench conheceu Mills em 2010, quando a atriz visitava o Centro Britânico de Vida Selvagem para o seu futuro documentário da BBC sobre árvores.

"Ela e eu nos conhecemos quando ela veio aqui com a família em 2010," Mills se lembrou em uma entrevista com a Radio Times em 2017. "Aconteceu de eu estar no escritório naquele dia, eu a vi entrar e pensei: ‘Judi Dench!’ Nós começamos a conversar, e alguns meses mais tarde eu a pedi para abrir um novo espaço para esquilos aqui." Os dois instantaneamente se deram bem, mas começou de vagar.

"Desenvolveu-se de maneira lenta, uma amizade orgânica cresceu," Mills continuou, "Eu a convidei para um jantar em uma noite, e então ela me convidou para uma de suas coisas. Durou porque nós temos o mesmo senso de humor - não há esperança sem isso - e então, tem sua paixão pela vida selvagem, como a minha pelo teatro e filmes, e nós entramos um no mundo do outro. Ela adora rir. Claro que eu vi muito do trabalho dela antes de nos conhecermos. Eu adorei ela no 'Sua Majestade, Mrs. Brown'." Sete anos mais tarde, e o casal continua firme e forte.

Seu relacionamento ajudou Dench a lidar com o luto. Ela disse à Good Housekeeping que no mesmo ano ela estava grata por ter encontrado um "bom amigo" em Mills, mas ainda não queria chamá-lo de parceiro.

Parceiro - palavra horrível. Amigo? Não. Namorado? Não. companheiro? Companheiro pode funcionar?"

Claramente o casal estabeleceu suas próprias regras de relacionamento. Embora eles tenham passado quase uma década juntos, Dench é firme em dizer que não pretende casar novamente.

Judi Dench (2019), (Jeff Spicer/Getty Images Entertainment via Getty Images)

"Ele não vai me pedir em casamento. Não, não, não, não, não," a atriz disse quando perguntada se ela se casaria com Mills. "Vamos nos colocar em nossos lugares e assumir nossas idades."

O amor de Dench e Williams floresceu através do mútuo interesse que eles possuem pela natureza e conservação. A atriz uma vez chegou a dizer que havia encontrado consolo em seu "bosque secreto." O bosque ao qual ela se referia era uma pequena floresta localizada em seis acres de terra que ela possui onde mora em Surrey. A floresta oferece a Dench um local no qual ela pode se conectar e relaxar com as coisas que ela mais ama; natureza e árvores.

"Eu acho que as árvores são minha grande família, vivendo, respirando, e socializando, como nós," Dench explicou. "Sempre que eu posso, independente da estação, é para lá que eu escapo."

A atriz se mudou para sua casa em Surrey há mais de três décadas atrás com seu falecido marido. Juntos, eles começaram a tradição de plantar uma árvore para cada familiar que falecesse. Dench continua carregando essa tradição até hoje. A floresta inclui árvores de seu irmão Jeff, de seu colega ator e velho amigo Robert Hardy, e claro, de seu falecido marido, Michael Williams. Para Dench, o ato é uma maneira agridoce de manter as memórias daqueles que se foram, vivas.

"É sobre a lembrança, mas é através de uma coisa viva, então você não lembra deles e para. As memórias continuam, e ficam ainda mais maravilhosas," a atriz disse.

Filmar seu documentário, "Judi Dench: My Passion For Trees" (Judy Dench: Minha Paixão por Árvores) a ensinou muito sobre as árvores que ela cresceu amando.

Judi Dench (2021), (Comic Relief/Getty Images Entertainment via Getty Images)

A atriz disse que, embora ela sempre tenha sido apaixonada por árvores, o documentário foi uma revelação sobre o quanto elas são especais.

"Tem sido maravilhoso descobrir que minhas árvores não são apenas indivíduos incríveis, mas que também, fazem parte de uma grande família," Dench disse. "Quando eu planto minhas árvores, eu sempre espero que elas se sintam parte de uma comunidade, que elas se comuniquem umas com as outras. E agora, é muito reconfortante descobrir que isso é verdade."

Seus novos aprendizados a fez ver as florestas e as árvores sob uma perspectiva completamente diferente. Depois do documentário, Dench disse que ela "jamais seria capaz de olhar para [as árvores] da mesma maneira."

"Eu jamais poderei caminhar por um bosque com tanta indiferença novamente, sem pensar em todo aquele trabalho que está acontecendo sob a superfície," ela adicionou.

Um conservacionista que dedicou toda a sua vida para estudar a natureza, talvez Mills é o parceiro perfeito para Dench afinal de contas. Assim como a atriz, porém, Mills admitiu que ele foi pego de surpresa quando os dois desenvolveram o relacionamento. Ele jamais esperaria, ele disse, se apaixonar mais tarde na vida. "Nenhum de nós estávamos preparados para isso. Nós rimos e brincamos muito, e gostamos bastante do mundo um do outro, é ótimo, especialmente quando se tem a nossa idade," Mills disse.

O casal escolheu viver separados, ficando cada um em sua respectiva casa - cerca de 6,4 quilômetros um do outro. Mas eles sabem que ainda precisam dar um tempinho um para o outro. "Funciona bem," o conservacionista disse.

Judi Dench, David Mills (2019), (Dave Benett/Getty Images Entertainment via Getty Images)

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