Betty Rizzo de "Grease — Nos Tempos da Brilhantina" está com 78 anos e tão linda como sempre hoje em dia

Ago 17, 2021 by apost team

Muitas atrizes de cinema e teatro memoráveis surgiram na década de 1970, e Stockard Channing é uma das mais lindas e talentosas. Nascida com o nome de Susan Williams Antonia Stockard, Channing é mais conhecida por seu papel como Betty Rizzo no musical "Grease — Nos Tempos da Brilhantina". Ela também é lembrada por seu papel como a primeira-dama Abbey Bartlet na série de televisão "Nos Bastidores do Poder" ("The West Wing" em inglês). Channing foi indicada ao Emmy por sua atuação no programa em 2000 e 2001, finalmente levando o prêmio para casa em 2002.

Acostumada a ser reconhecida por seu trabalho, Channing também ganhou um prêmio Tony de melhor atriz por seu papel na peça de teatro "A Day in the Death of Joe Egg" ("Um Dia na Morte de Joe Egg" em tradução livre) em 1985. No total, ela recebeu 13 indicações ao Emmy e 7 ao Tony, o que a tornou uma artista incrivelmente condecorada. Essa talentosa estrela leva sua profissão a sério e, apesar de ter vindo de um papel tão icônico quanto Rizzo, Channing não se limitou a interpretar o mesmo tipo de personagem.

Channing é uma atriz fantástica, que traz algo inteligente e realista para todos os seus papéis. Ela foi indicada ao Oscar por seu papel na versão cinematográfica de 1993 de "Seis Graus de Separação". Channing interpretou a mesma personagem na peça e recebeu uma indicação ao Tony por seu desempenho.

Atualmente, a vida agitada de Channing desacelerou um pouco. Sua última participação nas telas foi na série "Difficult People" ("Pessoas difíceis" em tradução livre), em 2017. A atriz foi casada quatro vezes na vida. Hoje em dia ela mora em Maine, EUA, com seu parceiro de mais de 30 anos, o diretor de fotografia Daniel Gillham. Continue lendo para saber mais sobre a vida de Channing e ver suas fotos impressionantes aos 78 anos.

Juventude

Stockard Channing (1976), (Ron Galella/Ron Galella Collection via Getty Images)

Stockard Channing (página em inglês) nasceu em 13 de fevereiro de 1944, em Manhattan, Nova York (EUA). Ela cresceu no Upper East Side e é filha de Mary Alice e Lester Napier Stockard. O pai dela trabalhava com navegação e faleceu em 1960. Sua irmã Lesly Stockard Smith é ex-prefeita de Palm Beach, Flórida (EUA).

Channing começou a estudar na Chapin School (página em inglês) na cidade de Nova York e mais tarde estudou na Madeira School em McClean (Virginia, EUA), que é um colégio interno para meninas. A atriz foi então estudar literatura e história na Radcliffe College (página em inglês), instituição vinculada à Universidade de Harvard, graduando-se "summa cum laude" ("com a maior das honras") em 1965.

A estrela disse que seu amor pela atuação começou no primeiro ano de faculdade, enquanto se apresentava no palco. “Eu cantei 'Pirate Jenny' e descobri que algo incrível pela primeira vez na minha vida tinha acontecido comigo... foi algo louco e misterioso. Eu sabia que tudo no meu cérebro, no meu lado criativo e nas minhas emoções, de alguma forma era capaz de inventar essa pessoa e cantar aquela música incrível e saber do que ela estava falando, o que não deveria ter nada a ver com as minhas experiências anteriores. Foi muito misterioso e irresistível e foi isso. Eu tinha dezenove anos", disse Channing ao site Broadway World.

Channing estudou atuação na HB Studio em Nova York (EUA) e começou sua carreira em produções off-Broadway com a experimental Theatre Company of Boston. Sua estreia na Broadway foi na produção de "Two Gentlemen of Verona - The Musical" ("Os Dois Cavalheiros de Verona - O Musical" em português) em 1971. Em seguida, em 1973, ela se apresentaria na Broadway novamente, dessa vez em "No Hard Feelings" ("Sem ressentimentos" em tradução livre).

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"Grease — Nos Tempos da Brilhantina"

Stockard Channing (1978), (Paramount Pictures/Moviepix via Getty Images)

No início de sua carreira no cinema, Channing estrelou o longa-metragem de 1975 "The Fortune" ("O Golpe do Baú" em português) com Jack Nicholson e Warren Beatty. O filme foi bem recebido pela crítica, mas não foi um grande sucesso de bilheteria. A obra que realmente trouxe fama a Channing foi "Grease — Nos Tempos da Brilhantina" (1978). A atriz tinha 33 anos quando conseguiu o papel da jovem estudante Betty Rizzo.

Channing estava em uma situação difícil quando ganhou o papel de Rizzo. Ela explicou ao Broadway World que não estava ganhando muito dinheiro em Hollywood e estava com dificuldades para pagar a hipoteca. Mas interpretar uma personagem muito mais jovem também não foi exatamente fácil. Disse Channing:

"Eu estava no fundo do poço, talvez no fundo da gaveta, mas decidi que a única maneira de fazer isso era olhando para ela como se ela fosse uma pessoa real. Eu era muito mais velha do que ela, mas não podia pensar nisso, então meio que me joguei de volta ao que sentia quando tinha a idade dela, até mesmo mais jovem. A complexidade dos adolescentes, os hormônios, a sexualidade e todas essas outras coisas. Perceber que eu realmente era mais velha acho que contribuiu para o isolamento de Rizzo."

"Grease — Nos Tempos da Brilhantina" tem tantas canções lendárias. "Hopelessly Devoted to You", por exemplo, recebeu uma indicação ao Oscar. A popular canção de Rizzo, "There Are Worse Things I Can Do", também foi um sucesso entre os fãs, mas ela quase não fez parte do filme.

Stockard Channing (1978), (Ron Galella/Ron Galella Collection via Getty Images)

Channing disse ao Broadway World: "Eu estava realmente apaixonada por aquela música, 'There Are Worse Things I Could Do', e lutei por ela e Pat Birch, que dirigiu todas as sequências musicais, me ajudou. Se você vir a sequência, é uma filmagem muito simples e Allan [Carr] realmente me deixou à vontade e disse: 'vá em frente, apenas faça.'"

Ela continuou: "Quando o filme estava sendo editado, Allan realmente queria cortá-la porque achava era muito para baixo, talvez todos os outros pensassem que ela era muito para baixo também. É porque muito sobre aquela personagem era. Foi por bem pouco que a música permaneceu no filme. Pat Birch lutou por isso e o diretor também. Ela ficou e eu me sinto muito grata por isso."

De acordo com o iNEWS, Channing não tem exatamente muito amor em seu coração por seu papel como Rizzo. Ela disse à publicação: "Eu sou a última pessoa a perguntar sobre 'Grease'. Acho legal que as pessoas gostem da personagem e pensem que eu fiz um bom trabalho com ela. É isso."

Não é que a atriz se arrependa do papel; ela apenas teve que se esforçar muito para evitar ser associada apenas àquele tipo de personagem. Ela também tem um profundo carinho por atuação e personagens. "Sabe, quando você já trabalhou tanto quanto eu, não é uma questão de ter afeição pelos (personagens), você apenas espera fazer um bom trabalho e, então, você está no próximo", acrescentou ela.

A vida após "Grease — Nos Tempos da Brilhantina"

Em 1979 e 1980, Channing estrelou em duas séries de comédia que não fizeram sucesso: "Stockard Channing in Just Friends" e "The Stockard Channing Show". O fracasso desses programas foi muito angustiante para Channing e ela decidiu se concentrar no teatro a partir de então.

Stockard Channing (circa 1978), (Archive Photos/Moviepix via Getty Images)

Channing explicou o que ela estava passando durante esse período desafiador de sua vida para a Bomb Magazine em 1988. Afirmou ela: "Eu estava ganhando uma quantia absurda de dinheiro e me sentia infeliz. Além disso, eu estava mal-humorada, mimada e exausta. Era aquela coisa de, na dúvida, faça outro trabalho e ganhe mais um monte de dinheiro."

Ao mesmo tempo em que sua carreira estava estagnada, o casamento da atriz também estava se desfazendo. "Na época, eu era casada no que estava se transformando no terrível casamento clássico da indústria do entretenimento. O que eu fiz foi me separar, me mudar da Califórnia e sair da minha agência megapoderosa que não queria mais falar comigo de qualquer maneira porque eu era o primeiro fracasso que eles tiveram", disse ela à Bomb Magazine.

Esses problemas acabaram sendo uma bênção disfarçada porque, em 1985, ela subiria ao palco na peça "A Day in the Death of Joe Egg" ("Um Dia na Morte de Joe Egg" em tradução livre)" e ganharia seu primeiro prêmio Tony. “As pessoas pensavam em mim como a garota de 'Grease' ou do programa de televisão. Eu tive um terrível buraco em que me perguntava: 'Será que algum dia vou trabalhar de novo? Será que eu sou realmente boa?' Eu fiquei sem trabalhar por nove meses e então Arvin Brown me ligou e me pediu para fazer 'A Day in the Death of Joe Egg' em Williamstown [Massachusetts, EUA]'", contou Channing ao iNews.

Channing interpretou a primeira-dama Abbey Bartlet no popular drama político "Nos Bastidores do Poder" ("The West Wing" em inglês) e ganhou um prêmio Emmy por seu papel em 2002.

Atuação como profissão

Channing é uma atriz muito inteligente e esperta, então faz sentido que, quando perguntada, ela possa falar sem parar sobre seu amor e respeito pela atuação. Ela compartilhou suas opiniões sobre os prós e os contras da atuação no palco versus atuação na tela com a Bomb Magazine:

Stockard Channing (1979), (Nancy R. Schiff/Hulton Archive via Getty Images)

"O mais autodeterminante, no entanto, é definitivamente o palco. O cinema é muito mais barroco, complicado. Eu não me considero tão presa ao cinema, sinto apenas frustração. Alguns dos filmes que fiz foram para a televisão, então eu não diferencio muito entre os dois meios."

A atriz parece preferir o palco por causa da conexão que consegue fazer com o público. "Você faz um personagem, mas quanto dele está no filme, ou quanto é visto pelo público, realmente depende do diretor, da obra ou do público. Então eu simplesmente faço essas pessoas. E dou um corpo a elas. Acho que qualquer outra coisa não é meu trabalho", disse Channing.

Atuar para o cinema e para a televisão envolve mais técnica do que atuar no palco de acordo com a estrela:

"Você precisa ter um certo conhecimento técnico — a câmera, você tem que encontrar sua marca e saber onde está a luz — essa parte do seu trabalho é artificial. Mas, além disso, eu apenas tento fazer essas pessoas o máximo que posso com as informações que recebo e com o que minha imaginação faz quando as faço. Eu nunca vou perceber o quanto é notado e o quanto é percebido pelo público ou pelo diretor ou pela câmera."

Apesar de ser uma profissional experiente, Channing ainda prefere fazer testes para seus papéis. "Eu gosto de fazer o teste porque quero ver se consigo fazer. Se eu não achar que posso fazer, se não tiver realmente certeza, faço o teste para me sentir confortável. E a outra é se alguém não tiver certeza ou tiver alguma pergunta. Eu prefiro muito mais fazer um teste do que ir a uma reunião. Odeio reuniões", explicou Channing à Bomb.

Vida pessoal

David Debin, Stockard Channing (1978), (Ron Galella/Ron Galella Collection via Getty Images)

Channing se casou e se divorciou quatro vezes, mas não tem filhos. Ela se casou com um homem chamado Walter Channing em 1963, e seu nome artístico é uma combinação de seus sobrenomes de solteira e casada. Channing decidiu manter o nome mesmo após se divorciar em 1967.

O segundo casamento de Channing foi com Paul Schmidt, um professor de línguas eslavas, e durou de 1970 a 1976. Seu terceiro marido foi David Debin, um escritor e produtor de Hollywood. Eles ficaram juntos por apenas quatro anos e se divorciaram em 1980, na mesma época em que Channing estava aborrecida com suas séries de TV que não deram certo.

O quarto casamento da estrela foi com um empresário chamado David Rawle, de 1980 a 1988. Nos últimos 30 anos, Channing está em um relacionamento com o diretor de fotografia Daniel Gillham.

A vida hoje

Hoje, Channing e Gilham vivem felizes juntos em Maine. Channing tinha uma casa em Los Angeles onde ficava enquanto trabalhava, mas a vendeu em 2016. Segundo a Variety Magazine, a propriedade estava localizada em Laurel Canyon e foi vendida por US$1,895 milhões (cerca de R$ 9,9 milhões na cotação atual). A atriz originalmente comprou a casa em 2003 por US$1,075 milhões (cerca de R$ 5,5 milhões na cotação atual).

Ultimamente Channing não tem trabalhado tanto, mas sua página no site IMDB mostra um projeto inédito que ainda está em pós-produção, então talvez possamos ver mais dela em breve. Uma pessoa que sempre dá o devido valor às coisas, Channing contou ao iNews: "É maravilhoso estar trabalhando, essa é a minha parte egoísta, mas eu não acho que esse seja um padrão. Há apenas uma estranha exceção — e, no momento, estou muito grata por ser uma dessas exceções."

Stockard Channing (2023), (Dave Benett/Getty Images for @sohoplace/Getty Images Entertainment via Getty Images)

Essa talentosa atriz tem uma carreira na indústria do entretenimento há mais de cinco décadas. Você se lembra de Channing em "Grease — Nos Tempos da Brilhantina" ou em algum de seus outros projetos? Qual é a sua música favorita do filme? Conte pra nós, e lembre-se de compartilhar com seus familiares e amigos.

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